Viver a vida...

Com o tempo, aceito que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-me de vez em quando e preciso perdoá-la por isso. Aprendo que falar pode aliviar dores emocionais. Descubro que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que posso fazer coisas das quais me arrependo para o resto da vida. Aprendo que não tenho que mudar de amigos se compreender que os amigos mudam, percebo que o meu melhor amigo e eu podemos fazer qualquer coisa, ou nada, e termos bons momentos juntos. Descubro que as pessoas com quem eu mais me importo são tiradas da minha vida muito depressa, por isso devo sempre despedir-me das pessoas que amo com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejo. Aprendo que as circunstâncias e os ambientes também influência sobre mim, mas eu sou responsável por mim mesma. Começo a aprender que não me devo comparar com os outros, mas com o melhor que posso ser. Descubro que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendo que, ou controlo os meus actos ou eles me controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa que por mais que delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Descubro que algumas vezes a pessoa que espero que me empurre, quando caio, é uma das poucas que me ajuda a levantar. Aprendo que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tive e o que aprendi com elas do que com quantos aniversários já comemorei. Aprendo que quando estou com raiva tenho o direito de estar com raiva, mas isso não me dá o direito de ser cruel. Descubro que só porque alguém não me ama da forma que desejo, não significa que esse alguém não me ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que me amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendo que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tenho que aprender a perdoar-me a mim mesma. Aprendo que com a mesma severidade com que julgo, poderei ser em algum momento condenada. As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar...

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