Nem sempre o que escrevo é o retrato da minha alma...
Por vezes sinto-me apagada e quanto mais escrevo menos digo...
Só escrevo, começo com uma palavra e acaba numa frase, ou duas ou mais...
Não quer dizer que eu esteja mal ou que não tenha assunto para deitar cá para fora...
Às vezes são apenas momentos escritos. Momentos esses que podem ser meus, mas que às vezes também não o são. Tomam vida na minha mente, e através dos meus dedos, saltam cá para fora, para este pedaço de mundo, que é o meu pensamento...
Às vezes tenho a impressão que vivo num mundo sem ser real, sem ser meu... Um mundo onde posso ser quem eu quero sem dar explicações a ninguém do que faço. Um mundo só meu onde posso estar alegre num segundo e no outro chorar desalmada sem motivo aparente...
Num mundo onde posso gritar, pular e andar de baloiço sem ter idade para isso, naquele mundo onde tudo é verdadeiro e inocente...
Isto tudo só para dizer que os dias passam...
E eu penso, penso sempre, que os dias passam e a cada dia que passa gosto um pouco menos das pessoas, falsas pessoas, pessoas que não valem o esforço, pessoas vazias e sem nada, pessoas que ferem, pessoas sem coração...
Cada vez gosto menos... Bem menos.
E os dias continuam a passar e eu refugio-me no meu mundo, este mundo em que só em mim posso confiar.
Um mundo à minha medida em que posso brincar ao faz de conta com as bonecas de madeira e os aviões de papel. Porque as pessoas decepcionam e eu continuo a deixar de gostar delas...
Sem comentários:
Enviar um comentário